• 7. Parte 07

    Na aula de Yoga, a professora Lili percebeu que Deia estava num baixo astral danado e pediu à mãe dela para conversar em particular.

    — Deia, não reconheço você. Chegou olhando para baixo, não sorriu, parece que tem uma nuvem em cima da sua cabeça. Você quer compartilhar comigo o que a está incomodando?

    A menina, então, contou tudo o que ocorrera. E acabou deixando o choro se desprender do peito. Lili a abraçou e disse:

    — Ser pacífica não significa não ter conflitos para ultrapassar, nem não sentir raiva. E nem sempre, a solução virá do bom entendimento entre todos. Tem pessoas que não conseguem viver em paz, independente do que você faça. Mas quero que entenda que não está sozinha. Vou deixar uma frase de Gandhi para você refletir: “Não há caminho para a Paz. A Paz é o caminho”. Quando você precisar pode conversar comigo, estarei sempre pronta para escutar.

    Também quero que avise a sua coordenadora que conversou comigo e que a procurarei para apresentar uma proposta de Cultura de Paz para ajudá-las a resolver este conflito. — disse Lili, que com seu imponente turbante parecia uma guerreira africana.

    Chegou em casa, correu para o quarto, a percepção de que não estava sozinha a ajudou a ter forças para continuar a luta. Lembrou das meninas que também estavam sofrendo, se os meninos tinham um grupo, nós também podíamos ter, só precisávamos ter um grupo maior. Ligou o computador e foi para o Instagram e criou um grupo secreto de meninas de todos os anos do colégio e começou a perguntar para elas sobre o que deveriam fazer: reclamar para o professor, pedir para os pais ligarem, fazer um abaixo-assinado.  Valia tudo, menos agressão física ou falada. Elas não iam agir como os garotos, isso era errado. Foi aí que uma delas teve uma ideia genial! E Deia percebeu que a agressividade pode ser usada de forma positiva. 

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