Um dia de Paz Restaurativa

Quando estava na cama para dormir, a menina ainda sentia o poder daquele abraço, dos sorrisos que se seguiram e das palavras amigas. Podia ser uma gotinha no oceano da vida do Bruno, que passaria por muitas turbulências ainda, mas fez a diferença naquele dia para ele, em como ele se sentiu depois do ocorrido, mudando a sua sensação de ruim para boa. A menina lembrou que a professora perguntou como ele estava naquele momento do abraço e que ele havia respondido: “ — Estou na paz!”.

Bruno havia sido acolhido, estava feliz, seguro, confortável, sentiu-se aceito pelo seu grupo. E Deia pensou em quantas coisas boas cabiam dentro do conceito de PAZ, e seu quarto começou a se encher de novo de palavras: ACOLHIMENTO, ACEITAÇÃO, COMPREENSÃO, EMPATIA,VEZ E VOZ, CONFIANÇA... — E ela  dormiu se sentindo feliz pela atitude corajosa que tivera na aula, tinha certeza de que estava fazendo o que devia e isso também a deixou com uma sensação boa. Chegou à conclusão de que a PAZ não é a ausência de conflito, mas a ausência de medo, ter a segurança de poder dizer o que se pensa, mesmo que seja diferente do entendimento dos outros, sendo ouvida e respeitada. 

E o quarto se encheu ainda de mais sentimentos COMPAIXÃO, SEGURANÇA, ESCUTA, PODER DIVERGIR, AUSÊNCIA DE MEDO e RESPEITO. Além de todas as outras emoções e atitudes que ela descobrira.