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Rótulo
Reflexão - Acolhimento e laços
- O que são ambientes seguros ?
- Como podemos construir laços afetivos ?
- Como podemos cuidar de nossos vínculos de amor ?
- Como podemos acolher as pessoas ?
- Quem são as pessoas que te dão carinho, escuta e apoio ?
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Rótulo
Reflexão - Paz não é passividade
- Você sabe o que é ter vez e voz ?
- Qual a diferença entre pacífico e passivo ?
- Você sabe o que é ser assertivo ?
- Você acredita na força e no poder do bem ?
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4. Parte 04
No dia seguinte, na escola, durante a aula de Português, a professora Carla pediu para que todos lessem uma frase do texto da apostila. Quando chegou a vez de Bruno, ele respirou fundo para tentar ler sem gaguejar, mas antes mesmo que começasse, a classe inteira riu, sem dar uma chance a ele. Aquilo fora demais, Deia não aguentou:
— Está errado professora! — a menina desengasgou um grito preso na garganta e se levantou.
— Sim, Andreia, você tem razão Bruno precisa de silêncio para conseguir ler. Ele tem mais dificuldades do que nós para falar, mas ele é melhor do que muitos de vocês em Matemática.
— Todo mundo tem dificuldade em alguma coisa. — Deia falava com uma força, como se sua alma a impelisse — Bruno precisa ficar calmo e não com medo de nós para que consiga ler. — A menina falou firme, mas sem ser rude, defendia o amigo, não conseguia mais se calar diante das injustiças. Seria educada, mas usaria a sua voz para lutar, a partir daquele dia, diante de tudo que visse e acreditasse estar errado. Paz não é passividade — sentiu uma força vindo do seu coração e que fazia as suas cordas vocais vibrarem.
— Andreia muito obrigada pela sua fala. Você foi muito corajosa. Todos aqui temos que respeitar nosso amigo e apoiá-lo. Afinal, somos ou não seus amigos? — a professora colocou a mão no ombro de Bruno — Você está bem?
O menino fez que sim com a cabeça. Todos da classe começaram a pedir desculpas.
— Foi mal! — disse um.
— Perdão, parça. — disse o outro.
— Você gostaria de continuar Bruno? — indagou a professora.
— Sim! — disse confiante — e leu sua parte do texto com segurança.
Ao acabar, o menino se levantou e abraçou Deia. Todos aplaudiram e foram participar daquele abraço coletivo. O coração de Deia, do Bruno, da professora e de todos os colegas se transformaram em um só naquele instante, havia uma áurea de felicidade e compaixão na sala que contagiou a todos, deixando-os leves.
Em casa, Deia lembrava o que tinha acontecido. Ela se imaginou no lugar do amigo e como teria se sentido. E foi aí que descobriu que paz também é agir com os outros como gostaria que fizessem com você. Conversou com a mãe sobre isso, e ela explicou que o nome deste sentimento era empatia.